sexta-feira, 16 de julho de 2010

PREMATURIDADE



Essa poética não me pertence!
foram os fatos taciturnos,
na amplidão dos famintos...
que me recriou assim.
As paredes de barro sujo,
o chão batido e cravado no pensar,
as vozes infelizes, fingido sorrir,
as lágrimas, escondidas na noite fria,
fizeram de mim este ser, inquieto...
de minha rede estática,
eu via o tudo e o nada real,
o firmamento calado, mas brilhante,
onde às vezes a chuva caia,
molhando-me ao poucos,
e eu sendo o tempo,
e minhas lágrimas os sonhos perdidos!

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